quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Recicle!!!

Luz no fim do túnel

Especialistas apontam soluções para problemas ambientais provocados pelo descarte de baterias



Pilhas e baterias são compostas de metais como mercúrio, cobre, zinco, entre outros, nocivos à saúde humana e ao meio ambiente.
RASPA DE TACHO
Durante o seminário, foi apresentado um projeto de recolhimento de baterias de celular realizado em Curitiba pela Ong SPVS - Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental. Desenvolvido entre 1999 e 2006, o programa teve como principal ação uma campanha informativa sobre o tema. Para incentivar a entrega de baterias usadas, foram distribuídos brindes aos usuários. A iniciativa, bem-sucedida, recolheu e devolveu aos fabricantes 293.117 baterias. "Cerca de 30 toneladas de material tóxico deixaram de ir para o lixo comum", ressaltou Clovis Borges, presidente da ONG.

Além de falar sobre o projeto, Borges criticou debate de ambientalistas sobre sustentabilidade. Termo que segundo ele só confunde. "Por trás da retórica, a conservação da biodiversidade no Brasil e no mundo continua desesperadora, não sabemos, de fato, o que é preservação da natureza", disparou. Por último, chamou a atenção para o atual estado da Mata Atlântica. "Equivale à raspa de tacho", ironizou.

Apesar do cenário, não exatamente favorável, há quem mantenha o otimismo. Para Douglas Nadalini, advogado especialista em direito ambiental, o debate legislativo caminha na direção de uma gestão responsável de resíduos. "Existem leis que poderiam ser aplicadas para a questão do descarte de baterias", disse. A partir da resolução nº 257 do Conama - Conselho Nacional do Meio Ambiente, de 1999, tornou-se obrigatório aos fabricantes o recolhimento e destinação de baterias de celulares. A vanguarda em termos de legislação, no entanto, não basta, pois a aplicação dessas leis engatinha

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